As doenças respiratórias crônicas acometem as vias aéreas superiores e inferiores e incluem a doença pulmonar obstrutiva crônica, a bronquiectasia, a asma, as doenças pulmonares intersticiais, a hipertensão pulmonar, dentre outras. Essas doenças em conjunto são responsáveis por cerca de 4,2 milhões de óbitos por ano no mundo e por 4% de todos os anos de vida perdidos por incapacidade.

O diagnóstico é realizado pela avaliação clínica, para identificação dos sintomas e fatores de risco, e pela espirometria. Exames de imagem como tomografia e raio x e exames de sangue como a gasometria também podem ser solicitados para auxiliarem no diagnóstico e definição do plano de tratamento.

A intolerância ao exercício é um dos principais fatores que limita as atividades de vida diária dos pacientes com doenças respiratórias crônicas, sendo uma das manifestações mais preocupantes desse grupo de doenças. Essa intolerância resulta principalmente em dispneia (falta de ar) e fadiga e os pacientes acabam por reduzir suas atividades para evitar essas sensações de desconforto. Dessa forma, a inatividade leva a um descondicionamento progressivo que por sua vez é agravado cada vez mais pelos efeitos sistêmicos das doenças (Figura 3).

Figura 3- Ciclo da inatividade em pacientes com doenças respiratórias crônicas

A prática regular de exercícios físicos pode quebrar o ciclo de inatividade. Isso torna o treinamento físico um componente essencial dos programas de reabilitação pulmonar.

A reabilitação pulmonar é considerada componente chave para o tratamento de pacientes com doenças respiratórias crônicas por ser capaz de reduzir sintomas, como dispneia e fadiga, melhorar a capacidade de exercício e qualidade de vida e reduzir readmissões hospitalares por exacerbações do quadro de base.

O que é a reabilitação pulmonar?

A reabilitação pulmonar consiste em um programa de oito semanas de exercícios e plano educacional para que os pacientes com doenças pulmonares aprendam as habilidades necessárias para lidar com a falta de ar e permanecerem bem e longe do hospital.

Os pacientes passam por uma avaliação individualizada que inclui testes para avaliação da capacidade de exercício e histórico médico para que o treinamento físico seja realizado de forma segura.

A condução do programa de reabilitação pulmonar deve ser feita por um fisioterapeuta respiratório que tenha experiência na avaliação e treinamento da capacidade de exercício e idealmente certificação em suporte básico à vida para acompanhar os pacientes em curto, médio e longo prazos, garantindo segurança, adesão e sucesso ao tratamento. Essa atribuição se dá pelo amplo conhecimento desse profissional sobre a fisiologia e fisiopatologia do sistema respiratório, os instrumentos para avaliação da capacidade de exercício, os parâmetros de segurança para prescrição do exercício e os efeitos do exercício na interação coração-pulmão. Para o componente educacional, uma equipe multiprofissional de profissionais da saúde deve estar envolvida.

Na TRINO realizamos um trabalho diferenciado de reabilitação e acompanhamento desses pacientes. Nosso foco é oferecer assistência especializada e de alta qualidade técnica aos pacientes para que eles rapidamente recuperem o bem estar e consigam assumir o automanejo da doença.

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