Os distúrbios respiratórios do sono consistem em alterações nas vias aéreas superiores durante o sono, que prejudicam a respiração. Dentre os principais distúrbios estão o ronco e a apneia obstrutiva do sono (interrupção temporária da respiração quando dormimos causada pelo estreitamento da garganta – Figura 1). Ambos são muito prevalentes e ainda pouco diagnosticados. Um estudo realizado na cidade de São Paulo com 1042 indivíduos com idade entre 20 e 80 anos, detectou uma prevalência de apneia obstrutiva do sono em 33% dos participantes. Quando não tratados de forma adequada, estão relacionados ao desenvolvimento e/ou agravamento de uma série de consequências sistêmicas, como doenças cardiovasculares, metabólicas, neurocognitivas, oftalmológicas etc.

Figura 1: Imagem ilustrativa demonstrando o desabamento da musculatura da orofaringe durante o sono (setas amarelas), impedindo a passagem do ar (apneia obstrutiva do sono). (Fonte da imagem: https://www.youtube.com/watch?v=z12MEPiG4cg)

Menos prevalentes, mas não menos importantes, a apneia central do sono, a Respiração de Cheyne-Stokes, a hipoventilação relacionada à obesidade e a hipoxemia durante o sono completam a lista desses Distúrbios.

Os sintomas mais comuns são ronco frequente, engasgos no sono percebido por familiares, fadiga, sensação de acordar cansado, sonolência diurna, noctúria (levantar para ir ao banheiro várias vezes durante a noite), sono de má qualidade, alteração de humor, piora na memória, dentre outros. É importante ressaltar que o fato de não ter sintomas não exclui a possibilidade de ter distúrbios respiratórios do sono. Fique atento!!

O diagnóstico é realizado pela avaliação clínica e exame para detecção de alterações na respiração e na oxigenação durante o sono. O padrão-ouro é a polissonografia, mas exames simplificados também têm sido indicados e validados para casos específicos. Após o diagnóstico, caso o paciente tenha recebido a indicação de tratamento para uso de equipamento de pressão positiva – CPAP ou Binível – pelo seu médico, o fisioterapeuta respiratório especializado em sono deve ser contatado para realizar adaptação e acompanhamento adequado a esse tratamento.

Tratamento com aparelhos de pressão positiva (CPAP ou Binível). Por que o fisioterapeuta respiratório?

Muitos pacientes apresentam dificuldade de adaptação a esses equipamentos em decorrência de inúmeros fatores, incluindo escolha incorreta da máscara, programação inadequada do aparelho, falta de orientações e de suporte profissional especializado, dentre outros. Todavia, estudos recentes têm sugerido que o suporte e acompanhamento adequado e precoce e o uso de tecnologias de acesso remoto podem melhorar a adesão ao tratamento.

O fisioterapeuta respiratório é o profissional mais indicado para adaptar o paciente à terapia pressórica, bem como acompanhá-lo em curto, médio e longo prazos, resolvendo problemas e garantindo adesão e sucesso ao tratamento. Essa atribuição se dá pelo amplo conhecimento desse profissional sobre a fisiologia e fisiopatologia do sistema respiratório, assim como sobre os efeitos da pressão positiva na interação coração-pulmão, já que muitos pacientes apresentam outras doenças associadas, como a doença pulmonar obstrutiva crônica, Insuficiência cardíaca congestiva, além de desordens que cursam com hipoventilação.

Na TRINO realizamos um trabalho diferenciado de adaptação e acompanhamento de pacientes iniciantes ou para aqueles que já estão em uso desses equipamentos. Nosso foco é oferecer assistência especializada e de alta qualidade técnica aos pacientes para que rapidamente consigamos resolver problemas e tenhamos ótimos resultados clínicos, conforme ilustrado a figura abaixo.

Figura 2: Pilares fundamentais para a condução adequada do paciente em tratamento com terapia pressórica (CPAP e Binível)

Por esses motivos, oferecemos os serviços de:

  • Avaliação inicial;
  • Teste de máscaras;
  • Adaptação à pressão positiva;
  • Assessoria à distância;
  • Telemonitoramento;
  • Acompanhamento em curto e longo prazo.

Deixe um comentário